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Primeiro jogo: como o Flamengo abriu vantagem
Na quinta-feira, 18 de setembro, o Flamengo chegou ao Maracanã como favorito e mostrou por que tem sido um dos times mais consistentes da América do Sul. A partida começou em clima de festa, mas o espetáculo realmente virou quando Pedro batou o primeiro gol do confronto a apenas 16 segundos do apito inicial – um dos registros mais rápidos da história da Libertadores. Pouco depois, aos oito minutos, Guillermo Varela ampliou o placar, deixando o placar 2 a 0 antes de o árbitro sequer conferir a segunda falta que levaria a um pênalti.
O que parecia um banho de realidade para o Estudiantes começou a mudar aos 78 minutos, quando Guido Carrillo recebeu um cruzamento na área e defletiu para o fundo da rede. O gol trouxe esperança para os argentinos, que ainda contavam com o talento de Tomas Palacios e Santiago Ascacibar para virar o jogo nos minutos finais.
Entretanto, o drama não acabou ali. Gonzalo Plata recebeu o segundo amarelo da partida, foi expulso e provocou um debate acalorado na imprensa brasileira sobre a rigorosidade da arbitragem. Mesmo com dez homens, o Flamengo segurou a vantagem e saiu com o 2 a 1, garantindo ritmo e confiança para a partida de volta.
O que esperar da partida de volta em La Plata
O Estudiantes tem tudo contra si: precisa vencer por, no mínimo, dois gols sem sofrer. No entanto, a equipe tem demonstrado resiliência nos últimos jogos da Primera División, com uma vitória por 1 a 0 sobre o Defensa y Justicia, onde dominou 59% da posse e criou três finalizações certeiras. O técnico da equipe, ainda não revelado oficialmente, não tem dúvidas de que a torcida do Estadio Jorge Luis Hirschi será o décimo terceiro jogador em campo.
Do lado brasileiro, o Flamengo chega invicto nos últimos 11 confrontos em todas as competições. Filipe Luis tem conseguido equilibrar ataque e defesa de forma eficaz e, apesar de uma partida decisiva em casa, o time não parece preocupado em arriscar demasiado. O elenco conta com Luiz Araújo, que já anotou e deu duas assistências, além de Gerson, responsável por outra assistência, e Bruno Henrique, que tem sido fundamental na transição ofensiva.
Os principais nomes do Estudiantes para causar impacto são:
- Tomas Palacios – três gols e uma assistência, destaca-se como atacante de referência.
- Santiago Ascacibar – duas vezes na rede, oferece mobilidade no meio‑campo.
- Lucas Ortiz – zagueiro que tem sido sólido nas últimas repetições defensivas.
- Guido Carrillo – autor do gol fora de casa, será decisivo nos contra‑ataques.
Do outro lado, o Flamengo tem potencial para segurar o placar, mas também pode aproveitar o momento para ampliar a vantagem. Caso perca por 1 a 0, ainda avançará graças ao critério de gols fora. Mas duas vitórias do Estudiantes, seja por 2 a 0 ou 3 a 1, eliminariam o brasileiro em uma das maiores surpresas da competição.
A atmosfera no Jorge Luis Hirschi deve ser electrizante. As arquibancadas do Estudiantes costumam transformar os jogos em verdadeiros espetáculos de canto e bandeiras. O fator casa será, sem dúvida, o diferencial que pode colocar pressão extra sobre o técnico do Flamengo, que terá que gerir o ritmo do jogo e evitar erros individuais.
Em termos de tática, espera‑se que o Estudiantes aposte em um bloqueio compacto, explorando a velocidade de Palacios nos contra‑ataques. O Flamengo, por sua vez, pode manter a pressão alta, tentando romper a defesa argentina com linhas de passe curtas e infiltrações de Araújo pelos flancos.
O relógio está correndo. Se o Estudiantes quiser sonhar com a semifinal, precisará transformar a energia da torcida em gols rápidos e manter a calma defensiva. O Flamengo, ao contrário, busca controlar o jogo e garantir a passagem com o mínimo de risco. O duelo promete ser um dos capítulos mais marcantes da edição 2025 da Copa Libertadores.
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