junho 6

Missão urgente: garantir o Brasil na Copa e ir além dos nomes

Carlo Ancelotti finalmente assume a Seleção Brasileira — e nada será fácil logo de cara. O primeiro desafio que não dá margem ao erro: carimbar a vaga para a Copa do Mundo de 2026. Parece simples, mas a pressão aumenta quando se descobre que o Brasil está só na quarta posição das eliminatórias sul-americanas, com 21 pontos em 14 jogos. Só restam quatro partidas e, para garantir a classificação, os resultados contra Equador, em Quito (5 de junho), e Paraguai, em casa (10 de junho), se tornaram decisivos. Ninguém quer passar sufoco num sistema onde seis dos dez times se classificam, mas tropeçar pode pôr tudo a perder — e o passado recente de atuações irregulares não ajuda.

Mas a missão de Ancelotti vai muito além das contas na tabela. O italiano entrou no comando com a clara intenção de largar o peso das tradições e apostar na modernização do elenco e da estratégia. Nada de se prender à famosa camisa 10: Neymar ficou de fora da primeira lista, enquanto veteranos como Casemiro, fora da seleção desde 2023, retornaram para dar estabilidade ao meio-campo. Para Ancelotti, a palavra da vez é flexibilidade: ele foge de esquemas táticos engessados e prefere alternar entre 4-4-2, 4-3-3 e 4-5-1, moldando a equipe conforme o adversário ou a fase do jogo. Não é devaneio europeu — essa prática já fez Vinícius Júnior brilhar sob seu comando no Real Madrid.

Vinícius Júnior como protagonista e o desafio da pressão

A estrela do Real Madrid vira o centro do projeto da Seleção. Ancelotti quer Vinícius Júnior livre para atacar tanto pelo lado quanto pelo centro, igual no clube espanhol. É um ajuste simples no papel, mas com impacto gigante dentro de campo — ele ganha mais opções, obriga a defesa adversária a repensar a marcação e potencializa o ataque brasileiro, que andou apagado depois da derrota dura para a Argentina por 4 a 1. Os treinos já mostram ensaios de combinações envolvendo Vinícius, Rodrygo e até alternativas com Endrick, buscando romper a previsibilidade das últimas convocações.

  • A ausência de Neymar marca uma virada: menos dependência de um craque e maior aposta no jogo coletivo.
  • Com Casemiro no time, o plano é reforçar a defesa, liberando jogadores de frente para criarem sem tanta obrigação de voltar a marcar.
  • Ancelotti também quer manter ambiente controlado, minimizando brigas de ego e olhando para experiências positivas (e caóticas) que já teve com estrelas do futebol europeu.

O fator psicológico pesa. O Brasil carrega um incômodo jejum de títulos mundiais — são quase 25 anos desde o último troféu. Como estrangeiro, Ancelotti sabe que enfrentará olhares desconfiados de torcida, imprensa e até do próprio vestiário, acostumados a técnicos 'da casa'. Ele não esconde o jogo: fala sobre respeito à história dos grandes nomes do passado, mas quer ver, na prática, novos líderes surgindo.

A torcida, claro, já cobra resultados imediatos. Cada escolha, ausência ou tática diferente vira manchete — e viraliza nas redes sociais. Mas, com experiência de sobra lidando com craques no Real Madrid, Ancelotti chega disposto a bancar decisões e colocar o Brasil de novo entre os protagonistas, começando por garantir a Copa, mas pensando em mais.

Lívia Monteiro

Sou jornalista especializada em notícias e adoro escrever sobre assuntos relacionados ao cotidiano brasileiro. Gosto de manter meus leitores informados sobre os eventos atuais e importantes. Escrever é minha paixão e compartilhar informações relevantes faz parte do meu trabalho diário.

Escreva um comentário